Campeonato Brasileiro termina com 154 mudanças de decisão após consulta ao árbitro de vídeo. PC Oliveira diz que resultado não é animador e ainda é preciso profissionalização da arbitragem
O árbitro de vídeo foi um dos temas mais comentados do Brasileirão 2021. Depois de muitas críticas sobre o excesso de intervenções nos jogos nas duas primeiras edições com a ferramenta, a competição teve a menor marca de paralisações nas partidas desde 2019, quando começou a ser utilizada.
O Espião Estatístico* contabilizou 720 interrupções de jogo, sendo 605 com escuta do ponto eletrônico e 115 com ida à telinha na beira do gramado. Para efeito comparativo, em 2020 foram 962 paralisações. O número representa uma queda de 25% no número de vezes em que os jogos foram parados pelo VAR.
Para muitos especialistas, as principais críticas ao VAR em 2021 devem direcionar o foco aos erros em lances capitais e aos critérios de interpretação da cabine e dos árbitros de campo em jogadas decisivas para o campeonato. O excesso de interrupções de jogo, observado em outras edições do Campeonato Brasileiro, tem sido gradativamente reduzido.
– Verificando os números é possível ver uma redução no número de paralisações, no tempo de jogo parado e nas mudanças de decisão. Levando em consideração que foi a terceira temporada completa com o uso do VAR na Série A, o resultado não é animador – destacou o comentarista de arbitragem PC Oliveira.
Na comparação com as outras edições, o Brasileiro de 2021 teve a rodada com o menor número de paralisações até aqui. Na 33ª rodada, foram contabilizadas apenas nove interrupções nos dez jogos para escuta do VAR, uma média menor que uma paralisação por partida, algo inédito em uma rodada até então.